São Sebastião do Caí, Rio Grande do Sul, Brazil

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Di Holtsbêere - Os Cupins / Tradução

OS CUPINS

A história que hoje estou lhes contando aconteceu de verdade.
Nós viajamos de férias para Santa Catarina na ilha, na bela praia de Armação.
Para então ficarmos lá durante dez dias, alugamos uma casa. Era uma belíssima casa de madeira com ricos detalhes e uma área cercando toda sua frente. Lá então, a gente podia instalar as redes e deitar sobre elas para se espreguiçar. Era uma casa grande, com três quartos e uma cozinha grande.
Estava tudo muito bom, aproveitamos bastante o mar porque choveu pouco. O sol sempre foi nossa companhia.
Mas a casa, assim que nós a começamos a observar mais detalhadamente, descobrimos que estava minada de cupins. Gente, é inacreditável a quantidade de cupins que moravam naquela casa.
Em cada tábua, em cada nó, em todos os cantos para onde se olhava, via-se os cupins fazendo seu trabalho.
Quando a gente se deitava na cama, se via toda a função dos cupins: alguns sentavam ao redor de peqenas mesinhas de ferro jogando cartas, com uma cervejinha ao seu lado.
Eles berravam e gritavam, era um movimento cheio de alegria. Junto deles tinha um mais velho que parecia ser seu chefe. Ele tinha ao seu lado um copo de cachaça e a cada pouco sorvia um gole. Ele até já se encontrava meio bêbado.
Eu comecei a observar o cupim mais velho. De repente, ele largou um brado, saindo dali e foi para casa. Quando chegou na parede onde era o seu buraco queria entrar nele mas ele não encontrou sua entrada. Então ele caiu ao chão e simplesmente adormeceu.
Os outros cupins continuaram jogando cartas. Era uma gritaria tamanha que não consegui dormir. Então olhei para o outro lado e vi um casal de cupins fazendo amor.
Minha gente! Isto era um agito e um estardalhaço dos maiores. E eles não se importaram que eu os estava vendo. Os outros cupins passavam devagar por eles e nem os olhavam.
No dia seguinte, o tempo estava divinamente belo. O sol torrava do céu como se realmente quisesse nos devorar. Juntamos tudo para irmos ao mar: um isopor cheio de cerveja, uma cadeira, um óculos de sol preto para olhar escanteado as garotas e um guarda-sol.
Eu tinha um belo e forte guarda-sol de estrutura de madeira. Então, nos sentamos de fronte ao mar sobre a bela areia branca. Abri o guarda-sol, sentei debaixo dele e abri uma latinha de cerveja.
Nós estávamos em plena conversação e observando as garotas argentinas. Elas tem uma bela cor de cuia, mas não tem bunda. Elas tem um gingado estranho quando caminham. De repente, olho para o chão, ... sabem o que vi? Vocês não vão acreditar: vi ali meia dúzia de garotas-cupins deitadas tomando banho de sol. Seus rapazes cupins também estavam sentados ali ao lado conversando.
Quando me dei conta, não tinha mais cabo de guarda-sol, os cupins haviam roído ele todo.
E, acreditem, tive que parar de escrever esta história porque os cupins estavam roendo o meu lápis.
(qualquer semelhança é mera coincidência)

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