São Sebastião do Caí, Rio Grande do Sul, Brazil

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Fróinde aus Daitschland

Caros Leitores do blog da língua Hunsrickisch. Nestes dias recebi o contato de uma pessoa da Alemanha, a qual se agradou por demais do jeito simples e interessante que uso para apresentar e ensinar o alemão Hunsrickisch. Trata-se do senhor Bernhard Dürr, músico e apreciador da música brasileira e latinoamericana. Ele pediu para que escrevesse um texto curto, o qual ele apresentou no site da banda. Aqui a foto dos músicos:



O site da banda é: http://www.desafinados.de/

Ouça o texto gravado aqui: hea das graveadne chtekk do hia:


TEXT IN HUNSRÜCKISCHER DEUTSCH.

Das daitsche nôokomma lebe in Sidbrasilien.

Ia libe lait, als si am sihen sind, do sinn ich in Hunsricka daitsch am chraibe gródso wi mea hia es chpreche. Sêllich mohl, wi unsa foakomma fon Daitschland tsu Sidbrasilien gerréest komm sind, do honn si alles una ua walt gefunn, un si muste di plantóoje pletsa preparire mit de wêniche ferramenten wo si mit gebrun harre. Das lebe wóod sea chlimm, do wód kehn esse, kehn kénna fa se plantse, kehne dach fa sich chohne fon de ferháfnisse chtérrem wo sich do hia grinde un kehn hillfung fon dem goverm.
Si hon awa sich mit gewallt an di órwed geb so wi ene echte daitsche ima es macht, un, iets nôo hunnad fennef un achtsich ioa hon mea hia moderne chtedda, chtroose, gesunte khenna, lebe froh un sinn di wo, in comparatiif fon'm rest Brasilien, es beste lebens mittel hon, esse de best un hones lengste leben's lóof. Mea wohne un lebe nimmi wi indióna als fill Daitschlenda es dencke, un hon licht, wassa un internet in de measchte háissa.
Debai noch was sea gut is, mea chpreche noch de Hunsricka daitsch un so wi mêchlich, lénne mea ea tsu unsa khenna das ea net soll fagehn.
Pio Rambo.
Besuuch meine blog: http://hunsrickisch.blogspot.com/

TRADUÇÃO:

TEXTO EM ALEMÃO HUNSRICKISCH.

A vida dos descendentes de alemães no sul do Brasil.

Bem queridas pessoas, como estão vendo, estou escrevendo em alemão Hunsrick exatamente
como aqui o falamos. Antigamente, quando nossos antepassados viajaram da alemanha para
o sul do Brasil, encontraram mata fechada e eles precisaram preparar suas roças com as poucas ferramentas que trouxeram junto. A vida era muito difícil, não tinha comida, não tinha sementes para plantar, não tinha telhado para se proteger dos temporais violentos que se geram aqui e sem ajuda do governo.
Mas eles se engajaram no trabalho com afinco assim como um autêntico alemão sempre faz e, hoje, depois de cento e oitenta e cinco anos nós temos cidades modernas, estradas, filhos saudáveis, vivemos felizes e somos os que, em comparação com o resto do Brasil, temos a melhor qualidade de vida, nos alimentamos melhor e temos a maior espectativa de vida. Não moramos mais e não vivemos mais como índios assim como muitos alemães o imaginam e temos luz, água e internet na maioria das casas.
Junto a isto, o que também é muito bom, nós ainda falamos o dialeto alemão hunsrickisch e no máximo de nossas possibilidades também o ensinamos aos nossos filhos para que a língua não desapareça.
Pio Rambo

Nenhum comentário:

Postar um comentário